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Home Office, Modelo Híbrido & Produtividade

E lá se foram dois anos de pandemia! Muita coisa foi abalada nesse tempo, e o novo normal está se esforçando para se estabelecer.
Se tem uma coisa que a gente precisou aprender foi a ser criativo. E o que também ficou evidente é o quão importante é estar preparado para, mesmo face às surpresas, conseguir manter o equilíbrio e continuar produzindo recursos para que a engrenagem da vida siga gerando energia para nossa sobrevivência, tanto pessoal quanto profissional.
E assim tem sido com todos os formatos das nossas atividades, principalmente aquelas associadas ao mundo profissional, e às relações comerciais.

Inovação, Home Office e Pandemia

Na verdade, já se vislumbrava uma tendência que, cedo ou tarde, afetaria significativamente o comportamento humano: uma nova revolução tecnológica, que despontava desde o início dos anos 2000, traria soluções só vistas até então na ficção, abrindo uma passagem sem volta para um futuro digital, com realidades construídas e zero barreiras nas interações.  O que a pandemia fez foi “apenas” antecipar e disparar essas tendências.

As profissões e prestação de serviços, por exemplo, já passavam por sutis mudanças em seus formatos. Dependendo do segmento e atividade, era possível perceber  muitos colaboradores prestando serviços às suas empresas a partir de  casa. Mas o Home Office ainda acontecia de forma tímida, e com olhar conservador resistente de muitos gestores. Porem, o trabalho remoto sinalizava um futuro inevitável, e se revelou uma ótima solução, não só do ponto de vista de saída para a crise pandêmica, mas como forma de se otimizar tempo, recursos e gastos.

Quando se considera trabalho remoto para uma parcela específica de colaboradores e funções,  é possível uma leitura inovadora da situação, ainda que com certa hesitação; mas quando você precisa, da noite pro dia, estruturar toda sua equipe para trabalhar em suas casa para segurança e sobrevivência (amplo sentido), a coisa muda de figura.  Mas a tecnologia, que já estava pronta para isso, deu conta do recado. Conservadores e liberais precisaram se reinventar para enfrentar as mudanças impostas pelo cenário, e se renderam ao  Home Office, e ainda hoje seguem ajustando seus setores, segmentos e negócios no movimento das previsões de mercado.
O formato ganhou proporções globais e entrou na ordem do dia – inclusive com um conceito “anywhere office“, onde possibilita-se que as pessoas façam suas tarefas em qualquer lugar, sem a necessidade de posto fixo de trabalho.

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que em 2019, antes da epidemia se espalhar pelo mundo, cerca de 260 milhões de pessoas trabalhavam em casa – o equivalente a 7,9% do total de trabalhadores. Em 2020, nos primeiros meses da pandemia da COVID-19, esse número aumentou para a casa dos 20%. (Extraído no livro Nem Home nem Office, Tiago Alves, Editora Gente, 2022). Mais recentemente,   o resultado de uma pesquisa  realizada pela Korn Ferry (consultoria global de carreira) junto a 170 empresas em novembro de 2021 mostrou que 85% das companhias adotaram totalmente o home office.

Seja como for, tivemos que fazer tudo novo.
Agora, o momento nos convida a refletir: como prosseguir? Como manter nossos times motivados e produtivos:  seria mais investimento em tecnologias, plataformas de comunicação e infraestrutura que valorize os recursos humanos? Ou começamos a migrar para um modelo híbrido como padrão para o futuro?

Modelo de Trabalho no Novo Normal e o Risco do Fator Humano

O foco no momento não é exatamente o Home Office, ou o modelo Híbrido (presencial e remoto), mas a gestão em si, que envolve diretamente os colaboradores (em termos de motivação e comprometimento), a produtividade e os resultados que precisam ser alcançados.

Do ponto de vista de recursos tecnológicos, as ferramentas administrativas e os sistemas operacionais disponíveis estão sendo constantemente otimizados para tornar toda experiência de interação profissional e comercial uma realidade cada vez mais acessível, humanizada e natural.  O avanço das plataformas de comunicação também tem sido um diferencial importante para que empresas e colaboradores consigam interagir, planejar e executar estratégias à distância.
Podemos dizer, então, que graças à evolução das tecnologias, dispositivos, sistemas em nuvem e Inteligência Artificial, etc., temos todos os recursos necessários para tornar a experiência de Home Office um sucesso em produtividade ? Não. Aparentemente não podemos. As barreiras da distância física, da linguagem e acessibilidade talvez tenham sido ultrapassadas, mas quando você fala de gente, muitas outras questões surgem e merecem ser consideradas, inclusive (e talvez principalmente) para se atingir objetivos e resultados.
Atualmente, as empresas têm se deparado com novos desafios que dizem respeito ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional; e a produtividade que, no começo, parecia depender apenas de recursos administrativos e tecnológicos, hoje,  está associada à rotina pessoal, ao nível de estresse, capacidade de concentração e engajamento do colaborador em Home Office.
Aqui, esbarramos num tema bem mais voltado para Recursos Humanos, e como seguir crescendo com as inovações, os modelos de operação e a gestão de pessoas.

O que Considerar  para Impulsionar Engajamento e Produtividade

DA EMPRESA

Controle da Jornada

Horas excessivas de trabalho por dificuldade de controle ou perda de “noção de tempo” é um assunto relevante dentro do tema. Soluções on line para gestão de horas ajudam, e também educam o colaborador no sentido de saber administrar seu tempo e rotina.

Capacitação e Treinamento

O novo modelo de trabalho trouxe novidades de comportamento, de gestão e de recursos. O colaborador precisa ser orientado em relação a cada uma dessas mudanças – desde as questões que dizem respeito às funções e responsabilidades das áreas e dos envolvidos até o treinamento para usar de forma adequada as novas ferramentas .

Reuniões de Alinhamento Regulares

Pausas semanais ou mesmo diárias para uma video chamada dentro de uma abordagem holística sobre a rotina e as atividades do colaborador é uma estratégia excelente, que ameniza um provável stress e impacta na produtividade, mas nem sempre é possível de seguir com assiduidade, dependendo da estrutura das áreas de RH

DO COLABORADOR

Organização Pessoal e Espaço Físico Adequado

É muito importante que o colaborador se organize para trabalhar em casa.  O ideal, na medida das possibilidades de cada um,  é que haja um mínimo de isolamento e que o espaço ou mesa utilizado para home Office esteja organizado de um jeito que evite distrações, como se fosse seu local de trabalho dentro do escritório mesmo.

Higiene Pessoal e “Dress Code”

Acordar, fazer a higiene pessoal, tomar um café, e trocar-se.
Isso pode parecer um detalhe desnecessário quando se está em casa, mas essa noção influencia inconscientemente a rotina. Obviamente não se trata de “arrumar-se” como se fosse para o escritório, mas tem a ver com planejamento, predisposição e até auto cuidado.

Uso das Ferramentas Corporativas/Digitais

Por mais que a empresa se esforce para oferecer infraestrutura de qualidade ao Home Office, de nada adiantará se o colaborador não tiver compreendido as diretrizes, assimilado funções e objetivo das ferramentas, e mantiver interesse e comprometimento com suas demandas diárias.

Novos formatos: o híbrido veio para ficar?

É considerado híbrido o trabalho que permite ao colaborador flexibilizar sua jornada de trabalho presencial ou remota.
As empresas que determinam as regras de horários.
O formato híbrido permite manter o equilíbrio entre trabalho, vida pessoal e produtividade.

As relações de trabalho sofreram grandes transformações, mudando o estilo de liderança, modelos de negócios e até jornadas de trabalho.
As empresas já começam a contratar 100% no formato online ou híbrido, e começa a ficar fácil a contratação por dias da semana.
Cada vez mais as empresas vão orientar as suas contratações por soft skills, que também se relacionam à capacidade de flexibilização da jornada de trabalho.

Um dos caminhos para que  equipes híbridas  consigam estabelecer um formato de trabalho saudável e com alto desempenho é a priorização da chamada Employee Experience (EX). Trata-se de aplicar os conceitos de experiência do usuário (user experience – UX ) para o público interno, entendendo o perfil, as necessidades, os anseios, e tudo que faz o olho brilhar.

Se estamos diante de uma nova realidade legitimada pela prática e pelas políticas corporativas, certamente teremos desafios que a acompanham. O Modelo híbrido sinaliza atenção e investimento redobrados em relação a comunicação estratégica, liderança engajada, tecnologia e segurança da informação.
O que nos leva a concluir que seguimos a trajetória do mundo BANI * , um mundo nada linear, imprevisível e ansioso.
Nada é definitivo.

(*) BANI é uma sigla em inglês que significa: Brittle, Anxious, Nonlinear, and Incomprehensible, ou, em português, Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível, que seria FANI. 

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